É quarta-feira de cinzas e um grupo de foliões decide entrar numa mansão abandonada. O que era para ser apenas uma brincadeira, se torna uma situação de medo e pavor, quando os jovens descobrem o mal que há no lugar.
Falar da competência de Rodrigo Aragão como roteirista e diretor de Terror é chover no molhado. Praticamente, ele nasceu para produzir filmes do gênero. E com “Casa do Capeta” não é diferente. O filme tem uma identidade única, que homenageia as produções mudas em preto e branco, mas com uma identidade bem atual. Falando em identidade, o curta tem uma identidade visual e sonora muito autêntica. Os movimentos da câmera e a trilha sonora que relembra um disco girando ao contrário, dão muito mais substância para a trama e para o morador da residência.
A equipe criativa e técnica entrega um ótimo filme que causa
um desconforto. Como a trama se desenrola e com cada personagem tem um fim é narrativamente
e visualmente apavorante. Quando os personagens percebem que não há saída e que
estão presos no local, é muito desesperador.
E a forma como tudo acontece, após o segundo ponto de virada, é muito surpreendente. O mesmo ritual que, aparentemente, trouxe a criatura para aquela casa é feito, só que nem tudo sai como o esperado. E isso é um ponto muito interessante, porque o diretor usa a imprevisibilidade como ótima ferramenta. Quando o espectador pensa uma coisa, acontece outra. E essa quebra de expectativa é muito legal.
Como não poderia deixar de ser, o filme tem figurino e
maquiagem de primeira. Os efeitos práticos também são outro ponto de destaque
na produção do curta.
“Casa do Capeta” é um filme com uma identidade especial, produzido com muita criatividade e eficiência dos meios técnicos. O filme cumpre muito bem o papel de ser um bom entretenimento para os fãs de Terror. E tudo com uma qualidade inquestionável.
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