O Romance/Drama, com direção e roteiro de Günter Sarfert, apresenta Lucas, um jovem colecionador de objetos e aparelhos antigos e que conhece Anna, a dona de uma loja de objetos retrô, especialmente máquinas fotográficas.
O filme tem um entrosamento muito forte entre Maria Flor,
interpretando Anna, e Álamo Facó, no papel de Lucas. Desde os primeiros
contatos, passando pelo desenvolvimento e durante a resolução final, os atores
transmitem muita naturalidade, também pela qualidade do texto, com uma trama
envolvente e cativante.
“O Colecionador” tem algumas sacadas de humor bastante interessantes e pontuais, aproximando ainda mais o espectador aos personagens e ao universo produzido pelas equipes técnica e criativa.
O filme tem uma atmosfera vintage e, como não poderia ser
diferente, traz o elemento nostálgico, que ajuda muito bem no ritmo da trama. E
ponto para a equipe de arte e fotografia, que acertaram na medida certa no
mundo de Anna e Lucas.
Porém, o filme tem um empecilho para os personagens e que exige
tanto de Anna quanto de Lucas. E aí que, na minha opinião, o filme acerta em
focar principalmente nas máquinas fotográficas. Se hoje, quase todo mundo tem
celulares com câmeras e todas as facilidades de se fotografar e descartar, as
máquinas antigas precisavam de um rolo de filme para capturarem momentos
realmente importantes e, logo que chegasse no limite, as fotos podiam ser
reveladas.
A vida é assim: com momentos marcantes que merecem viver nas memórias e lembranças. As fotografias são ferramentas que alimentam as lembranças com a captura de um momento romântico, ou de algum parente que já morreu, ou de uma viagem inesquecível. “O Colecionador”, vai muito além de uma simples história de amor. O curta traz a reflexão da importância de se viver e se guardar as melhores recordações.
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